segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Musicoterapia incentiva comunicação de autistas com o mundo




A Musicoterapia é a utilização da música e de seus elementos constituintes, por um terapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em um processo que busca promover e a facilitar a comunicação,  relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender as necessidades físicas, emocionais, mentais e sociais. A musicoterapia procura desenvolver potenciais e restaurar funções do indivíduo para que ele alcance uma melhor qualidade de vida, através de prevenção, reabilitação ou tratamento.


Nos dias atuais, o trabalho com a musicoterapia tem dado resultados positivos, principalmente em pessoas autistas. A música é a única ponte de comunicação possível para os portadores deste tipo de transtorno neurológico. Nesses pacientes, a música não verbalizada é decodificada no hemisfério direito do cérebro (subjetivo e emotivo). Ela se move até o centro de respostas emotivas, localizado no hipotálamo, e passa para o córtex (responsável pelos estímulos motores e do intelecto).

Os sons verbais, no entanto, não "funcionam" dessa forma porque são registrados no hemisfério esquerdo, na região cortical (analítica e lógica) diretamente do aparelho auditivo.

Em resumo, no autista, a música atinge em primeiro lugar a emoção para depois passar para reações físicas, como o batucar, por exemplo, nas pessoas normais. Dessa forma, o autista consegue interagir com o terapeuta.

Pacientes que sofreram lesão do lado direito do cérebro, podem ter a percepção melódica comprometida. O tratamento com musicoterapia, nesse caso, utiliza estímulos sonoros nas adjacências da área lesada, que criará novas conexões cerebrais.

Em casos com pacientes em coma, os resultados também foram bons. Com fones de ouvido, o paciente ouve fitas gravadas com vozes das pessoas queridas, músicas preferidas, sons da casa e da natureza. Os depoimentos de pessoas que saíram do coma confirmaram o auxílio da musicoterapia: elas tinham as lembranças reavivadas com os sons, o que motivava o indivíduo a viver.

A terapia também atua em hospitais, principalmente no auxílio a crianças emocionalmente instáveis, portadoras de doenças graves. Crianças que desenvolveram câncer, por exemplo, fazem uma sessão de musicoterapia antes de serem "bombardeadas" pela quimioterapia.

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